Ao longo da historia, o homem tem buscado alimentos benéficos à saúde, garantindo assim a sua sobrevivência como espécie. Embora nossa existência tenha se tornado consideravelmente mais complexa desde os tempos de caça e coleta, a necessidade de nutrição continuou sendo a mesma, apenas os avanços da ciência e da tecnologia tem facilitado os meios de melhor satisfazer essa necessidade.
Para entender os fundamentos da panificação, é necessário explorar e aprofundar a sua historia. Uma serie de acontecimentos, incluindo novas técnicas agrícolas, ameaça de fome, surgimento e queda de nações, casamento de reis, revolução industrial, religião , guerras deixaram suas marcas nos pães que ainda hoje produzimos e consumimos.
OS PRIMEIROS BOLOS
Além de produzir pães, os egípcios e gregos faziam bolos rudimentares. Os egípcios já eram conhecidos por prepara-los já por volta de 3000 a. C. (Tannahill 1988, p 53). Os ingredientes mais comuns para esses bolos, incluíam leite, ovos, manteiga, mel, sementes de gergelim, pinoli, nozes, amêndoas, sementes de papoula, e tâmaras (Revel 1982, p 69). Um bolo tipico poderia ser um pão adocicado passado no mel e coberto de sementes.
Apicius, epicurista e escritor do período greco-romano, registrou muitas receitas de bolos bem populares durante a transição para a era cristã. Também há outros exemplos de receitas antigas de bolos, como esta registrada por Jean-François Revel:
Bolinhos Caseiros: moer tâmaras, nozes ou pinoli com espelta cozida em água. Acrescentar pimenta finamente moída e mel, passando-os levemente no sal. Frita-las em óleo e umedece-las com mel.
Assim como muitas receitas que sobreviveram à era clássica grega, e a do antigo Egito, somente as preparações básicas são descritas, acredita-se que as quantidades dos produtos utilizados e as instruções especificas eram conhecidas por todos.
Fonte: Panificação e Viennoiserie. Abordagem Profissional.
Michel Suas.